Salvador, 07 de outubro de 2025 – Na Idade Média, as rotas comerciais eram estabelecidas através de caminhos estreitos e complexos, exigindo infraestrutura robusta para garantir a circulação de mercadorias. Séculos depois, em um cenário ambientado neste período do Medieval Restaurante Patamares, gestores de tecnologia baianos conheceram soluções que prometem revolucionar as rotas digitais corporativas através da tecnologia Laserway, baseada em redes de fibra óptica passiva. O encontro, promovido pela SUCESU-BA em parceria com a Telcabos, reuniu CIOs e executivos para debater o futuro da conectividade empresarial.
A Telcabos, distribuidora com 32 anos de mercado e presença em nove estados brasileiros, apresentou as soluções da Lightera, marca que surgiu da união estratégica de três unidades fabris: Furukawa do Brasil, Furukawa Electric Latam e OFS, sediada nos Estados Unidos. A mudança de nome representa mais que apenas um rebranding, refletindo a estratégia de expansão global e unificação operacional sob uma diretoria única. “É uma mudança institucional. Juntamos nossas três fábricas numa única identidade que virou a Lightera, onde a gente tem basicamente a cultura toda da nossa estrutura de empresa voltada para um mercado em abertura global”, explicou Erika Santos, gerente regional Nordeste da Lightera, durante entrevista ao TI Bahia.
A solução Laserway, foco da apresentação técnica conduzida por Leonardo Viana, especialista em GPON (Gigabit Passive Optical Network), propõe a substituição do cabeamento metálico tradicional por uma infraestrutura totalmente em fibra óptica passiva. A tecnologia elimina a necessidade de switches intermediários nos andares, centralizando equipamentos ativos apenas no data center principal e estendendo o alcance da rede de 100 metros para até 20 quilômetros. “Numa rede tradicional, você precisa de salas técnicas a cada andar com switches, ar condicionado e infraestrutura elétrica. Com a solução passiva, eliminamos tudo isso. São apenas equipamentos passivos que não precisam de alimentação elétrica”, detalhou Viana durante a demonstração que incluiu comparativos de massa de cabos e economia de espaço.
Os números apresentados impressionam: para atender 240 pontos de rede, uma infraestrutura tradicional exige 1.080 quilos de cabo metálico a cada 100 metros, enquanto a solução Laserway reduz para apenas 60 quilos, representando economia de 87% em massa de cabeamento. A tecnologia também promete redução de 30% no tempo de reuniões através de uma melhor qualidade de conexão e economia energética significativa pela eliminação de equipamentos ativos intermediários.
Jossango Garrido, gerente comercial da Telcabos para região Nordeste, destacou a importância estratégica da distribuidora no ecossistema tecnológico regional. “A Telcabos tem participação sólida no mercado de infraestrutura de rede. Recentemente adquirimos uma distribuidora no México e estamos presentes nos Estados Unidos com um centro logístico para importação”, revelou Garrido, enfatizando que a empresa mantém frota própria para atendimento em todo território nacional.
A apresentação técnica detalhou topologias de rede centralizadas e descentralizadas, uso de OLTs (Optical Line Terminal) e ONUs (Optical Network Unit) com diferentes perfis para aplicações específicas como CFTV, telefonia IP e Wi-Fi 6. A solução permite criar perfis customizados para cada ponto da rede, facilitando o gerenciamento através de software centralizado que monitora status de equipamentos, histórico de configurações e alertas automáticos.
A solução inclui ainda um programa de sustentabilidade onde cabos antigos são recolhidos e processados com a separação de plástico e cobre, gerando créditos verdes que podem ser utilizados pelas empresas em ações sociais ou compensação ambiental.
Entre os presentes, Adauto Brito, CIO da A Geradora, elogiou iniciativa da SUCESU-BA. “Sempre são novidades importantes. A gente pega o atalho, e o atalho é rapidinho. Fortalece muito a TI da Bahia. Tenho a ousadia de dizer que é uma das mais fortes do Brasil”, declarou Brito, citando ainda que a A Geradora atualmente concentra esforços em reforma tributária, automação de processos e cibersegurança.
A escolha do Medieval Restaurante Patamares, com decoração temática e ambiente intimista, criou a atmosfera propícia para discussões sobre a modernização de infraestrutura que, assim como nas antigas rotas medievais, continua sendo essencial para a circulação eficiente de recursos, ainda que agora digitais.
Assista o Vídeo do Evento Aqui.
